POEMA OUTONO

Os ramos bailam

E trocam as voltas

Dizendo que sim

 

A chuva chega

Lava a janela

E ri-se de mim

 

O cé pintado de cinzento

Varrido pelo vento

Nem parece ser dia

 

É o outono a chegar

O sonho a mudar

É outra alegria!

HOJE ESTOU SEM SORTE

Já passou o autocarro das dez
Cheio de promessas e segredos
Já caiu chuva, caiu tristeza, outra vez
Já se agitam outros medos

Uma coisa sobe, outra desce
Um tema esfria e outro acontece
E tu passaste e não te vi

...

MUITA SORTE

Deixei rodar o sol, à volta de ti
Ouvi gritar o mundo, ignorei
Amei tanta coisa que nada valia
Errei, lutei por outra alegria

É preciso a mudança
Para outra esperança
Para um tempo melhor
Não devemos ter pena
Esta vida é pequena
Só vale se for com amor

Nunca vou deixar de te amar
Cantar sempre me lembrarei
Eu sei quanto o amor é forte
Haja alegria e  muita sorte!

E POR FIM ... UM CAFÉ

Se houvesse um café para beber num café perto daqui, talvez eu ignorasse uma dor no pé, a perda do boné ou o sabor péssimo de um iogurte de framboesa. Não sei a que velocidade iria, nem o transporte a usar mas por um aroma de uma planta que vem de longe, como o café, vale a pena tudo mesmo ir de submarino. Dirão que abuso da confiança, de que procuro apenas mais um pedaço de açúcar mas tudo não passa de conjecturas ... a razão é só uma ... viver a vida.